Todas as professoras de artes que passaram pela minha vida escolar sempre me incentivaram bastante, não só com os desenhos mas com a arte no geral.
 Comecei a criar laços com os lápis quando minha professora de artes na terceira série pediu pra turma desenhar um urso de pelúcia que ela tinha colocado em cima de uma mesa. A partir daquele dia nunca mais parei de desenhar.
 Claro que os primeiros desenhos eram horríveis mas a prática leva a perfeição.
 E os livros para colorir que viraram modinha que me desculpem mas não tem nada mais prazeroso do que colorir um desenho que você mesmo fez. Nem precisa ser de sua autoria, procure um desenho que você gosta/gostava de assistir ou um lugar bonito que te inspire e passe pro papel.
 Talvez um urso ou um vaso com flores (que foi a segunda coisa que ela pediu pra desenharmos) não seja a melhor escolha pra quem tá começando. Se eu fosse ensinar desde o começo, pegaria algo que tem tracejados mais retos como uma cadeira por exemplo. Pra quem quer aprender a desenhar olhando pro objeto, a cadeira é a que eu mais indico por não ser um desenho tão difícil de fazer mas que também exige um olhar centrado pros detalhes importantes.
 Outra coisa que aguçou mais ainda o meu amor por desenho foi um brinquedo, que minha mãe me deu de aniversário, da Turma da Mônica que se chamava Desenhando e vinha com uma placa que colocava entre um desenho e um papel branco, onde o desenho fazia reflexo no papel branco e você ia contornando com o lápis. Além de treinar a coordenação motora, o brinquedo incentivava o meu lado criativo.
 E não necessariamente o desenho precisa ser de algo que você vê. Explorar seu lado fantasioso é mais divertido ainda. Criar personagens que não existem, inventar histórias dentro de um desenho, fazer traços soltos sem pretensão, é assim que vai surgindo vida e magia dentro de um papel.